(Foto: Divulgação)

Conselho de Enfermagem alerta sobre prescrição do ‘kit covid’

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) emitiu nota de esclarecimento na última segunda-feira (6) para alertar profissionais da saúde sobre a prescrição de medicamentos do “kit covid-19”, a pacientes com sintomas iniciais da doença.

Conforme a nota, não há respaldo legal para a prescrição, tampouco evidências científicas que comprovem a eficácia de medicamentos como a hidroxicloroquina e a ivermectina no travamento da covid-19.

O único tratamento, cientificamente reconhecido e adotado por entidades da saúde, é evitar a exposição ao vírus, como o isolamento social e ações de higienização pessoal. Tais práticas devem ser incentivadas e observadas por enfermeiros.

“O Código de ética dos Profissionais de Enfermagem veda a prescrição de medicamentos que não estejam estabelecidos em programas de saúde pública e/ou em rotina aprovada em instituição de saúde, exceto em situações de emergência”, diz trecho da nota.


“Certamente não seria o caso para pacientes portadores de sintomas relativos, somado à ausência de protocolos formais e inequívocos no rol dos programas de saúde pública do Ministério da Saúde”, alerta.

O Coren-MT aponta, ainda, os riscos à saúde pública e à conduta ética profissional. “A Consulta de Enfermagem, bem como a prescrição mediante protocolos, é fundamental para o acesso universal à saúde. Contudo, a realização desta atividade à margem dos protocolos ministeriais caracteriza ato ilegal, podendo o executor responder processo ético/disciplinar”, diz outro trecho.

Kit-covid
A combinação dos remédios está sendo apontada como solução para a contaminação pelo novo coronavírus.

Na lista dos medicamentos que compõem os kits estão a ivermectina, um antiparasitário que combate vermes, parasitas, ácaros e piolhos. Também entra no kit a prednisona, um corticoide indica para doenças endócrinas, alérgicas, respiratórias e dermatológias. Outro comum nos kits é a azitrominicina, um antibiótico usado para infecções no trato respiratório.

Fonte: Vitória Lopes/Gazeta Digital

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