Segundo PRF Mato Grosso é o estado com maior número de apreensões de madeira irregular do país

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) do estado de Mato Grosso é a recordista em apreensões de madeira irregular no Brasil. Só neste ano, até o início de dezembro, já foram apreendidos 6.542m³ do produto, numero que corresponde a 327 caminhões carregados.

Os flagrantes são feitos quase diariamente pela PRF do estado. Mais de 90% da madeira apreendida é do tipo serrada e estima-se que é necessário em média uma árvore para produzir cada metro cúbico deste produto. Apenas o volume retido neste ano representa cerca de 6 mil árvores derrubadas sem autorização dos órgãos ambientais.

As principais irregularidades cometidas são o transporte sem Guia Florestal ou Documento de Origem Florestal, a reutilização de documentação emitida para outra carga ou mesmo documentação falsa.

As espécies mais encontradas nos flagrantes são a Itaúba e o Angelim, mas há também a Castanheira, com corte e comercialização proibidos no Brasil. Muitas vezes, os policiais localizam espécies ou quantidades divergentes do que está sendo declarado.

Essas são algumas das formas encontradas por madeireiros, comerciantes e transportadores para esconder a extração ilegal, conforme explica o PRF Héber Araújo, que é especialista em educação ambiental e sustentabilidade. “Essa madeira não está registrada no banco de créditos florestais junto aos órgãos ambientais competentes. Então, eles simulam a emissão de documentos e tentam dar aparência de legalidade. Esse lucro obtido ilegalmente é prejuízo para o meio ambiente e para a sociedade, já que o meio ambiente é um bem de uso comum e essencial à sadia qualidade de vida”, pontuou o policial.

Normalmente as madeiras ilegais vem do Pará, de Rondônia e do Amazonas e tem como destino o Sul, Sudeste e Centro Oeste do País.

Nos flagrantes feitos pela PRF, são identificados o transportador, o comerciante e o madeireiro como autores no crime ambiental referente a transportar, adquirir ou vender madeira sem licença válida. “As penas para esses infratores vão deste a detenção, aplicação de multas e também perda do material envolvido no crime, como os veículos e equipamentos”, destaca Araújo.

A madeira é apreendida e pode ser doada ao final do processo para instituições públicas ou entidades assistenciais e ainda leiloada e revertida para os órgãos de segurança pública e ambientais.

Fonte: Agência PRF

Você pode compartilhar esta postagem!