Foto: Reprodução Internet

Clima: Super El Niño está chegando ao fim. Prepare-se para o La Niña

Depois de meses afetando o clima do planeta, o El Niño deve dar uma folga finalmente

 

O El Niño está chegando ao fim. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno entrou na fase de neutralidade desde o início de abril. No período, as temperaturas do oceano sofreram uma redução substancial.

“Foi registrado um resfriamento substancial das Temperaturas da Superfície do Mar (TSMs) que chegaram, nos últimos cinco dias, a valores próximos a 0,5ºC (graus Celsius) acima da média, na área de referência para definição do evento, denominada região de Niño 3.4. Esse valor de temperatura é considerado o limite para o início da fase neutra do oceano”, informa o órgão.

Atualmente, os modelos climáticos analisados pelo Instituto indicam que a condição de neutralidade deve seguir até meados de junho.

O El Niño é um fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento anômalo das águas superficiais do oceano Pacífico Equatorial, principalmente na região central e leste. Esse aquecimento altera os padrões atmosféricos e oceânicos, provocando mudanças significativas no clima global. 

El Niño

Nasa capta imagem do El Niño - fenômeno meteorológico que eleva as temperaturas — Foto: Sentinel-6 Michael Freilich / Nasa

 

Geralmente, o El Niño está associado a um aumento das temperaturas atmosféricas, chuvas intensas em algumas áreas e secas em outras, influenciando fortemente os padrões de precipitação e temperatura em todo o mundo. Suas consequências podem variar, desde eventos climáticos extremos, como enchentes e secas severas, até impactos na agricultura, pesca e ecossistemas marinhos.

o La Niña está chegando

Já o La Niña é o oposto do El Niño e representa um resfriamento anômalo das águas superficiais do oceano Pacífico Equatorial. Esse fenômeno também desencadeia mudanças nos padrões atmosféricos e oceânicos, afetando o clima global. 

Durante um episódio de La Niña, as temperaturas atmosféricas tendem a diminuir, e as chuvas podem se tornar mais escassas em algumas regiões, enquanto outras enfrentam aumento das precipitações. Isso pode resultar em secas prolongadas, invernos mais rigorosos, e até mesmo eventos extremos, como tempestades tropicais e furacões. Os impactos da La Niña podem afetar a agricultura, recursos hídricos, ecossistemas e economias em escala global.

As previsões iniciais indicam que, a partir de junho, o La Niña causará chuvas acima da média em partes da região Norte, Minas Gerais e Bahia, enquanto no Sul, onde as enchentes foram recordes devido ao El Niño, as chuvas devem ficar abaixo da média.

Segundo o Inmet, a persistência e a expansão de áreas mais frias em direção a parte central do oceano, são condições favoráveis para formação do fenômeno La Niña, previsto para o segundo semestre do ano.

Fonte: Olhar Digital

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