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Carros presos na estrada BR-116 em São Leopoldo, RS
O nível dos rios voltou a subir neste domingo (12) no sul do Brasil devido as novas chuvas torrenciais que atingem a região. “Praticamente todos os grandes rios do estado apresentam tendência de elevação”, informou a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, que enfrenta a pior catástrofe climática de sua história. O Guaíba, que desde a semana passada cobre grandes partes da capital Porto Alegre, havia baixado no sábado para seu menor nível desde 3 de maio. No entanto, com as fortes chuvas que caem na região desde sexta, seu nível voltou a subir e deve ultrapassar os cinco metros, “conforme a chegada da vazão pelos rios contribuintes e a atuação dos ventos”, segundo o relatório. As enchentes históricas no Rio Grande do Sul, provocadas por intensas precipitações desde o final de abril, afetaram mais de dois milhões de pessoas, com um saldo de 143 mortos, 806 feridos e 131 desaparecidos.
De acordo com o último balanço da Defesa Civil, mais de 619 mil pessoas tiveram que deixar suas casas devido à catástrofe, que especialistas da ONU (Organização das Nações Unidas) e do governo federal atribuem às mudanças climáticas e ao fenômeno do El Niño. Outros rios seguiam transbordando e subindo. As cheias do Taquari colocaram novamente em alerta a pequena cidade de Muçum, que ainda se recuperava da passagem de um ciclone devastador em setembro quando foi atingida pelas inundações. Segundo as autoridades, a Lagoa dos Patos, com saída para o Atlântico, está em “níveis muito elevados” com tendência a subir ainda mais nas áreas costeiras. A cidade vizinha de Pelotas “enfrenta um agravamento da situação” que “amplia a probabilidade de inundação”, alertou em seu Instagram a prefeita Paula Mascarenhas, que fez um “apelo urgente” para que a população desocupe as casas em áreas de risco.
Na tarde de sábado (11), tornados de menor intensidade foram registrados em ao menos dois municípios do Rio Grande do Sul. Não há registros de feridos e mortes até o momento. Imagens compartilhadas em redes sociais mostram a formação dos redemoinhos em bairros pouco urbanizados. Nos registros, moradores parecem surpreendidos com a força dos ventos. Segundo a Prefeitura de Cambará do Sul, o tornado destelhou casas e trouxe outros danos a imóveis no bairro Vila Santana. “Estamos trabalhando junto à Defesa Civil para fornecer telhas o mais rápido possível”, diz comunicado. Embora não esteja entre os principais afetados pelo desastre ambiental que deixou o Estado em calamidade, o município também tem vivido impactos diante dos diversos bloqueios em estradas e outros acessos em cidades vizinhas.