Arte: Metrópoles

Guerra no Rio: Chefões do CV na mira; centenas de mortos e o principal líder ainda está solto

A recompensa por informações que levem à captura de Doca, líder do CV, chega a R$ 100 mil

A megaoperação Contenção, que deixou ao menos 119 mortos, segundo apuração da Secretaria de Seguranças Pública e mais de 100 presos nos complexos do Alemão e da Penha nessa terça-feira (28/10), teve como foco principal decapitar a cúpula do Comando Vermelho (CV).

A ação mobilizou 2,5 mil agentes em um cerco sem precedentes contra chefes considerados responsáveis por ordenar ataques em diferentes regiões do estado.

Investigado por participação em mais de 100 homicídios, Doca controla o Complexo da Penha, base estratégica da facção. Ele é considerado o elo direto entre chefes presos e toda a operação criminosa nas ruas.

Além do tráfico de drogas e armas, sua estrutura coordena roubos de veículos e de cargas, que funcionam como financiamento da facção.

Mesmo com blindados, helicópteros e cerco terrestre, ele conseguiu fugir pela área de mata. A recompensa por informações que levem à captura de Doca chega a R$ 100 mil.

A área da Penha se tornou o centro nervoso do CV por três razões apontadas por investigadores: mobilidade rápida para vias expressas e para todo o Rio, comando e comunicação para ações em diversas regiões, proteção natural pela geografia e urbanização das comunidades.

Quem é quem na cúpula do Comando Vermelho

Doca da Penha, considerado pela polícia o principal líder do Comando Vermelho no Rio. Seu braço direito é Thiago do Nascimento Mendes, o Belão do Quitungo, preso durante a megaoperação desta terça-feira (28/10). Apontado como uma das figuras de confiança de Doca, Belão atuava na logística bélica da facção e na distribuição de armamento para diferentes células criminosas.

Em escalões logo abaixo, os investigadores identificam três chefes com forte influência operacional: Pedro Paulo Guedes, o Pedro Bala; Carlos Costa Neves, conhecido como Gadernal; e Washington Cesar Braga da Silva, o Grandão.

Eles seriam responsáveis por manter o funcionamento cotidiano do tráfico, organizando a disciplina entre os criminosos, definindo postos de vigilância e controlando o aparato armado que sustenta o domínio territorial da facção.

Segundo as autoridades, todos estão na lista de alvos da operação e possuem mandados de prisão expedidos pela Justiça do Rio de Janeiro.

Ação policial visa combater a facção criminosa Comando Vermelho. Foto: Pleno. News

 

Fonte: Metrópoles

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