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Leonardo, um dos maiores nomes do sertanejo, está travando uma batalha judicial contra a Sony Music envolvendo os direitos de suas músicas no ambiente digital. O cantor processou a gravadora alegando exploração indevida de seu catálogo em plataformas de streaming, afirmando que não recebe os valores gerados pelas execuções online.
Na ação, o artista pede que a empresa seja impedida de explorar suas faixas e que todos os metadados e informações das músicas sejam transferidos a uma nova distribuidora de sua escolha. O processo também tenta impedir que a Sony continue lucrando com obras lançadas antes do surgimento das plataformas digitais.
A Sony negou todas as acusações e apresentou documentos que, segundo ela, comprovam que a comercialização digital do catálogo já tinha sido prevista em um termo aditivo contratual. Na contestação enviada à Justiça em setembro, a empresa foi dura e acusou o cantor sertanejo de “mentir” e “ludibriar o Judiciário”.
De acordo com a defesa da gravadora, Leonardo já era “rico e bem-sucedido” à época do contrato, assinado em 1998, e sabia perfeitamente o que estava negociando. Para a Sony, o processo seria uma tentativa maquiavélica do músico de tomar para si direitos que não lhe pertencem.
A Sony também argumenta que possíveis irregularidades alegadas pelo sertanejo ultrapassam o limite temporal permitido para indenizações. Ou seja, segundo a empresa, os direitos teriam prescrito.
A gravadora ainda reforça que foi essencial para o crescimento da carreira solo de Leonardo após a dupla com Leandro, lembrando que grandes investimentos foram feitos para consolidar o artista nas rádios, TV e palcos.
Ao longo de 75 páginas, a Sony afirma ser a legítima detentora dos fonogramas e videoclipes do cantor e acusa Leonardo de agir de forma “sem pudores”. Com o avanço das plataformas digitais, o impasse envolve cifras milionárias e deve seguir rendendo capítulos quentes no mundo da música sertaneja.
Enquanto isso, fãs aguardam para saber quem vencerá essa queda de braço que mistura contratos antigos, tecnologia e interesses bilionários.
Fonte: Movimento Country