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Foto: Reprodução Internet
A juíza Débora Roberta Pain Caldas, da 2ª Vara Criminal de Sinop, mandou soltar a empresária Taiza Tosatt Eloterio Ratola e o companheiro dela Wander Aguilera Almeida detidos em 31 de outubro, durante cumprimento de mandados da Operação Cleópatra. A ação apura um suposto esquema de pirâmide financeira que causou prejuízo a dezenas de vítimas em Cuiabá. Em sua decisão, proferida na última quinta-feira (14), a magistrada revogou a prisão preventiva do casal, mas impôs algumas medidas cautelares, como o monitoramento por tornozeleira eletrônica, a proibição de se ausentarem de Sinop por 10 dias e a proibição do contato com qualquer fornecedor de medicação irregular. Conforme já publicado anteriormente, o casal foi detido em flagrante por posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito ou proibido e contrabando ou descaminho e fabricar vender expor a venda, importar, ter em deposito, substância, alimentos, produtos falsificado, corrompido ou adulterado.
Taiza foi detida dentro de um avião, no Aeroporto de Sinop, quando desembarcava de uma viagem que fazia para o Nordeste do país. A Polícia Civil cumpria um mandado de prisão preventiva contra ela, que é apontada como líder do suposto esquema criminoso e se apresentava como especialista em investimentos.
Ela foi informada sobre outro mandado de busca e apreensão na casa onde ela mora com Wander. No imóvel, os policiais encontraram munições de arma de fogo de calibre restrito (.357) no quarto do casal. Também foram encontrados no cômodo anabolizantes de origem estrangeira, que tem a venda proibida no Brasil.
Sobre as munições, Taiza disse que era de Wander. No entanto, depois mudou a versão e disse que era de seu ex-marido, que é Policial Federal. Sobre os anabolizantes, Wander confirmou que eram seus. Por conta disso, foram presos em flagrante.
Taiza é apontada pela polícia como suposta líder do suposto esquema criminoso e se apresentava como especialista em investimentos. O médico e o ex-policial seriam aliados da suspeita. Os investigados respondem por crime contra a economia popular, crime contra as relações de consumo, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Taiza é proprietária da empresa DT Investimentos que, segundo a polícia, usava as redes sociais para atrair as vítimas, se mostrando uma pessoa jovem, bonita, bem-sucedida, articulada e especialista em investimentos financeiros.
Segundo as investigações, com argumentos envolventes e com promessas de lucros de 2% a 6% por dia, dependendo do valor investido, a empresária convencia as vítimas a fazerem investimentos de altos valores, superiores a R$ 100 mil iniciais, em ações, entrando em um verdadeiro esquema de pirâmide financeira.
A Polícia aponta que as vítimas recebiam o retorno financeiro nos primeiros meses, sendo incentivados a fazer novos investimentos, porém, após algum tempo, a empresa deixou de pagar os lucros. Quando as vítimas solicitavam a devolução dos valores investidos, a empresária teria passado a inventar desculpas até deixar de respondê-las completamente.
Fonte: RD News